Argumento: Tsugumi Ohba
Desenho: Takeshi Obata
Editora: Shueisha
Editora (em Portugal): Devir
Género: Shōnen
Género: Shōnen
Nº páginas: 200
Sinopse:
Light Yagami é um excelente estudante, com ótimas perspetivas de futuro, mas sente-se extremamente aborrecido…
Tudo isso muda quando ele encontra um Death Note, o caderno de um Shinigami – um dos lendários Deuses da Morte – deixou cair na Terra… de propósito.
O ser humano cujo nome é escrito nesse caderno, morre.
Imagem | MANGA Plus by SHUEISHA |
Para dar início à série, tinha de ser esta obra a iniciá-la. Posso até já começar pelo fim e dizer que devem ler este livro assim como toda a obra do princípio ao fim. Isto porque Death Note agarra-nos de tal forma que não nos conseguimos desprender do mesmo. É simplesmente um clássico!
A arte é espetacular. Takeshi Obata tem um traço muito característico e quer seja ao nível do ambiente, das personagens, das suas expressões ou dos pormenores, consegue dar vida à história, dar-lhe uma personalidade própria e distinta. Há vinhetas que prendem-nos a atenção por transmitirem tão fielmente a emoção dos personagens e o ambiente daquela cena.
A isto tudo à que juntar o argumento de Tsugumi Ohba, cujo resultado é um trabalho excecional. A forma como os elementos e personagens vão sendo incluídos neste primeiro volume, sem exageros e porque não é só porque existem "deuses" no mundo que quer dizer que eles sabem tudo o que se passa à sua volta.
As personagens tem profundidade e desenvolvimento.
Light é dos maiores exemplos. Do medo e espanto de usar o Death Note pela primeira vez, até aperceber-se que é o único capaz de o continuar a usar para tornar o mundo num lugar melhor (isto no seu entender). O quão longe ele é capaz de ir só para levar a cabo o seu ideal para o mundo. Como as críticas que lhe fazem são abordadas e trucidadas pelo mesmo. A sua frieza, a sua inteligência, os seus comportamentos, tantas características de personalidade e comportamentos perceptíveis já no primeiro volume que percebemos o quão cínico este rapaz tornou-se quando o caderno lhe mudou a vida.
Como Ryuk (o Shinigami) tem um interesse genuíno em aprender os comportamentos, os pensamentos e as características dos humanos e divertir-se no mundo dos mesmos. E como este não se sente "socialmente pressionado" pelos seus colegas Shinigamis não verem com bons olhos a sua vinda ao mundo dos mortais.
Depois L. O detetive infalível, que com a sua inteligência e perspicácia mostra desde o início ser um adversário à altura de Light. Mas há que esperar para o conhecermos melhor.
E apesar de estas serem as personagens principais, as secundárias também são bem exploradas. Neste capítulo vemos como Soichiro Yagami (o pai de Light) tem um senso de justiça bem definido e é assertivo naquilo que acredita. Raye Penber (agente do FBI) é outra personagem introduzida para estragar os planos de Kira, mas terá estofo ou o discernimento para descobrir quem este é? Ou vai ser ludibriado pelo mesmo?
Assim, com persongens tão ricas, também a(s) temática(s) de Death Note é(são) soberba(s). Só este início já nos faz questionar: O que é o bem e o mal? É correto matar criminosos? O quanto o poder corrompe as pessoas?
E talvez por já não ser a primeira vez que leio o volume um da obra, apercebo-me agora que ela é bastante atual. Light quer tornar-se um Deus. Ou seja, quer governar à sua imagem. Não é o caminho de um ditador? O facto de eliminar quem se coloca no seu caminho não faz lembrar nada?
E quanto a Ryuk, o quão divertido é ver um Deus a aprender? A não ser todo-poderoso e a "ensinar-nos" a seguir aquilo que queremos fazer?
E é por estas e outras razões que Death Note é tão bom e aclamado. E ainda só vamos no início, a batalha psicológica e o jogo do rato e do gato entre Light e L ainda agora deu o seu pontapé de saída.
A arte é espetacular. Takeshi Obata tem um traço muito característico e quer seja ao nível do ambiente, das personagens, das suas expressões ou dos pormenores, consegue dar vida à história, dar-lhe uma personalidade própria e distinta. Há vinhetas que prendem-nos a atenção por transmitirem tão fielmente a emoção dos personagens e o ambiente daquela cena.
A isto tudo à que juntar o argumento de Tsugumi Ohba, cujo resultado é um trabalho excecional. A forma como os elementos e personagens vão sendo incluídos neste primeiro volume, sem exageros e porque não é só porque existem "deuses" no mundo que quer dizer que eles sabem tudo o que se passa à sua volta.
Imagem | Norma Editorial |
Light é dos maiores exemplos. Do medo e espanto de usar o Death Note pela primeira vez, até aperceber-se que é o único capaz de o continuar a usar para tornar o mundo num lugar melhor (isto no seu entender). O quão longe ele é capaz de ir só para levar a cabo o seu ideal para o mundo. Como as críticas que lhe fazem são abordadas e trucidadas pelo mesmo. A sua frieza, a sua inteligência, os seus comportamentos, tantas características de personalidade e comportamentos perceptíveis já no primeiro volume que percebemos o quão cínico este rapaz tornou-se quando o caderno lhe mudou a vida.
Como Ryuk (o Shinigami) tem um interesse genuíno em aprender os comportamentos, os pensamentos e as características dos humanos e divertir-se no mundo dos mesmos. E como este não se sente "socialmente pressionado" pelos seus colegas Shinigamis não verem com bons olhos a sua vinda ao mundo dos mortais.
Depois L. O detetive infalível, que com a sua inteligência e perspicácia mostra desde o início ser um adversário à altura de Light. Mas há que esperar para o conhecermos melhor.
E apesar de estas serem as personagens principais, as secundárias também são bem exploradas. Neste capítulo vemos como Soichiro Yagami (o pai de Light) tem um senso de justiça bem definido e é assertivo naquilo que acredita. Raye Penber (agente do FBI) é outra personagem introduzida para estragar os planos de Kira, mas terá estofo ou o discernimento para descobrir quem este é? Ou vai ser ludibriado pelo mesmo?
Imagem | Editora Devir |
E talvez por já não ser a primeira vez que leio o volume um da obra, apercebo-me agora que ela é bastante atual. Light quer tornar-se um Deus. Ou seja, quer governar à sua imagem. Não é o caminho de um ditador? O facto de eliminar quem se coloca no seu caminho não faz lembrar nada?
E quanto a Ryuk, o quão divertido é ver um Deus a aprender? A não ser todo-poderoso e a "ensinar-nos" a seguir aquilo que queremos fazer?
E é por estas e outras razões que Death Note é tão bom e aclamado. E ainda só vamos no início, a batalha psicológica e o jogo do rato e do gato entre Light e L ainda agora deu o seu pontapé de saída.
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