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Críticas de Cinema

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A noção que não se fazem videojogos em Portugal é uma coisa do passado, e grande parte da culpa é do estúdio da Nerd Monkeys que para além de produzir jogos, promove em grande escala o que de melhor se faz na área em Portugal.
Mas o destaque de hoje é para o novo jogo que chega agora à Steam desta produtora "tuga": Inspector Zé e Robot Palhaço em:O Assassino do Intercidades.



Detective Case and Clow Bot in: The Express Killer é o título internacional do jogo que permite que seja jogado tanto em Português como em Inglês. Já que esta análise é feita na língua de Camões, recomendamos que experimentem o jogo na sua "língua nativa", já que muito do humor deste título passa pelas piadas tão tipicamente "tugas" que seria uma pena não serem devidamente apreciadas.

Humor e boa disposição são uma constante do jogo | Fonte: Nerd Monkeys
Este título é a sequela do Crime no Hotel Lisboa e começa a ação não muito tempo depois do seu antecessor. Mais uma vez, vestimos a pele do Detetive Zé (caso o nome do jogo não indicasse isso) e com a ajuda do seu fiel ajudante (ou saidequique) Robot Palhaço, vão ter que desvendar um novo mistério: alguém anda a assassinar pessoas no Intercidades de Lisboa-Porto.

Há alguns desafios em mini-jogos para superar | Fonte: Nerd Monkeys
O estilo do jogo é simples: é um point-and-click, com arte pixelizada e o propósito é termos de andar a percorrer as várias carruagens do comboio à procura de pistas que nos permitam interrogar com eficácia os vários passageiros para podermos descobrir quem é o tão esquivo assassino.
Há também alguns mini-jogos que temos que superar antes de podermos fazer perguntas pertinentes aos nossos suspeitos.

Quando se tem todos os itens que nos permite iniciar um interrogatório, temos de ser capazes de escolher qual a opção de dialogo mais adequada e combina-la com o artigo que melhor se enquadre como prova para a afirmação que estamos a dizer. O objetivo destes interrogatórios é desarmarmos os suspeitos de eventual argumentação para poderem refutar e serem obrigados a brindarem-nos com a verdade.

Os interrogatórios são fundamentais | Fonte: Nerd Monkeys
Encontrar todas as provas espalhadas pelo comboio até pode parecer um objetivo simples, mas na verdade tem um nível de complexidade surpreendentemente elevado, pelo menos no que a um conjunto de objetos diz respeito: os dentes duma dentadura dum senhor de idade. Os dentes são elementos super pequenos, com cerca 2 pixels de tamanha e são quase invisíveis quando colocados no ambiente do jogo. Reza a lenda que há 29, mas nesta redação só conseguimos dar com 26 até à data desta análise. Os restantes 3 estão ainda desaparecidos em combate.
É um pouco frustrante passar tanto tempo à procura de objetos tão pequenos sem qualquer tipo de auxilio, um desafio que poderia ser simplificado de alguma forma, bastava haver algum tipo de ajuda no jogo como algo a informar "Nesta carruagem já encontraste todo o marfim!" e podermos limitar a nossa procura.

A maior questão durante todo o jogo!
O Assassino do Intercidades pode não ser um jogo repleto de complexidade nem gráficos Ultra Mega Hiper HD, mas está repleto de um humor peculiar e muito ligeiro que nos faz soltar pequenas grandes gargalhadas. Explorar todos os pequenos cantos, falar com todas as pessoas, estar atento a todos os detalhes e pistas faz-nos sentir como verdadeiros detetives, talvez bons o suficiente para ultrapassar as reais capacidades do Inspetor Zé.
Não é um jogo que nos leve horas (assumindo que têm melhor olho que eu e encontram os dentes todos com facilidade) mas que dispõe bem e faz com que o tempo passe a voar. O que é nacional é, efetivamente, bom!

Esta análise foi feita com base num código de pré-lançamento do jogo final, gentilmente cedido pela Nerd Monkeys.
Nota: 8 sorriDentes em 10 sorriDentes.
(Trocadilho digno de estar presente no jogo, na minha modesta opinião)

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